O Período do Estágio.......

O estágio no Centro Educacional Professor Brito, iniciou no dia 11 de maio 2009, ficamos na turma do ciclo do 4º ano do ensino fundamental, no período vespertino. O estágio foi um grande desafio que enfrentamos todos os dias durante este um mês, o qual ficamos na regência da sala de aula. Pois, tivemos que conquistar a confiança, o respeito, mostrar aos alunos que naquele dias estávamos substituindo a sua professora.

A primeira semana foi de adaptação período muito difícil, pois os aluno não viam Eu e Eliana como suas professoras, muitos não queriam fazer as atividades, não aceitavam ajuda. Essa situação faz com que você se senta uma estranha na sala de aula. Com isso, percebemos que as crianças não aceitaram de início que outras pessoas ocupem o espaço de seu Professor.

Assim, conseqüentemente, houve o desinteresse das crianças, em realizar as atividades que levávamos para elas. Lidar com essa situação foi muito frustrante, pois passávamos nossas noites buscando atividades que pudessem ser diferentes, quais facilitassem a aprendizagem destes alunos. Mas na sala de aula o que encontrávamos era a resistência em fazer as atividades e acabava que não conseguíamos fazer como planejado, simplesmente, porque tínhamos que interromper a aula para reclamar o tempo todo e pedir para prestarem atenção.

A realidade da escola pública hoje é complexa, pois você entra numa sala e encontra crianças em níveis de alfabetização diferenciada como: pré-silábico alfabético, silábico e alfabetizadas. Com essa situação o estagiário inicia a vivenciar um conflito, pois surge o pensamento o que fazer em apenas um mês ? Que trabalho realizar? Privilegiar quem? Os que sabem ler e escrever ou os que ainda não sabem? Vivemos um período de angustia que tentamos superar no decorrer do estagio.

Na primeira semana trabalhamos com Monteiro Lobato seus contos e fábulas, apesar das dificuldades conseguimos passar as informações que planejamos ensinar. Tivemos várias atividades durante a semana e uma delas foi o Filme sobre as personagens do conto do Sitio do Picapau Amarelo. Encerramos a semana com uma apresentação no auditório em que fizemos o escritório de Monteiro Lobato e expomos a sua vida e também tivemos a apresentação dos principais personagens do Sítio do Picapau Amarelo, é D.Beta, Emilia, Saci e Anastácia.

A segunda semana foi de Receitas, a qual as crianças adoraram. Levávamos a comida e apresentávamos a receita e depois degustávamos a receita apresentada. Os alunos adoraram a receita da massa de modelar, a receita do brinquedo bate e volta. Percebemos que nessa semana os alunos estavam mais adaptados com a nossa presença. Porém, ainda tivemos que lidar com a indisciplina, a violência, o desrespeito. Pois, passávamos mais tempo reclamando, chamando atenção, dando lição de moral, do que ensinando o conteúdo de outras disciplinas.

Isso é preocupante. Pois, as crianças já estão habituadas a uma rotina, que quando o professor leva atividades mais dinâmicas, inovadoras que fogem da linha tradicional para sala de aula os alunos não conseguiram interagir com o novo, e assim não atingindo os objetivos de determinada atividade no processo de aquisição da aprendizagem.

O ambiente escolar é um espaço de socialização, interação, onde ocorrem diversas aprendizagens, porém o que vimos na sala em que estagiamos é que as crianças apesar de conviverem um período do dia diariamente, possuem dificuldades de se relacionarem, por isso, fizemos uma dinâmica para trabalhar afetividade entres eles, assim colocamos em uma caixa várias perguntas do conteúdo de uma disciplina trabalhado, e incluímos ações que os alunos deveriam fazer entre eles, exemplo, se abraçarem, cantar um música com o colega. Foi muito interessante apesar de que de início os alunos não queriam fazer, mas depois eles ficavam ansiosos para chegar a sua vez de realizar o pedido que eles pegariam na caixa.

Filme Mentes brilhantes..

O filme mentes brilhantes conta a história de uma ex-oficial da marinha que ministrará aulas numa escola do subúrbio dos Estados Unidos, com uma turma de alunos rebeldes com todos os tipos de problemas sociais. Percebemos que a professora não conhece a realidade em que irá atuar, assim no primeiro momento em que conhece a turma pensa em desistir, sente-se incapaz de ensinar a aqueles alunos problemáticos, os quais não têm interesse em se dedicar aos estudos. Porém, muda de idéia e percebe que para lidar com aquela turma precisa reformular sua pratica pedagógica para tentar criar vínculos com os seus alunos, a fim de motivá-los a aprender. Ela começa a utilizar da poesia como meio de incentivar aos alunos a refletirem sobre os problemas da sua realidade.

O que é viver a educação? Posso dizer que é uma experiência desafiadora e cheia de interrogações, a qual enfrentamos a cada minuto em que adentramos a sala de aula. O filme mostra que para acredita na educação não pode pensar em desistir, mas deve-se estar sempre em busca por nova estratégias para conquistar aos alunos, como também melhorar a prática pedagógica, buscando promover o ensino e a aprendizagem.

Semanas finais.......

Na terceira semana, iniciamos com a apresentação da escritora Cecilia Meireles e suas poesias. Iniciamos o trabalho com eles com a poesia “ A Bailarina”, que fala sobre os sonhos e depois, fizemos uma dinâmica a do espelho, em que colocamos um espelho numa caixa e pedíamos que as crianças falassem sobre seus sonhos e um pouco sobre aquela pessoa que eles viam dentro da caixa, mas não podia dizer o nome. Depois pedimos que fizessem em suas casas uma poesia sobre os sonhos de cada um. Foi muito interessante essa atividade, pois percebemos como é importante saber quais os sonhos daquelas crianças e poder incentivá-la a ir a busca de seus desejos. Trabalhamos com bingos e as crianças adoraram retiramos palavras das poesias trabalhadas e colocamos numa cartela depois sorteamos as letras.




Na quarta semana trabalhamos com música, usamos também letras de musicas que as crianças escolheram com temas relacionados a amizade, paz, amor e violência.Fizemos um trabalho com a Música “Menino de Rua” , de Pepe Moreno, a qual passamos um vídeo da música e depois discutimos e interpretamos a letra, e depois os alunos recontaram em forma de história de quadrinho o que entenderam da música. Também trabalhamos com a Música “ A Paz “ de Roupa Nova, neste dia fizemos um momento de relaxamento, preparamos a sala em um ambiente escuro, calmo para as crianças se concentrarem, algumas conseguiram se entregar ao momento de relaxamento, e até dormiram. Ao finalizar nossos trabalhos fizemos salas ambientes com tema Forró, em que enfeitamos a sala em festa junina e a turma fez uma apresentação em coral da Música” Menino de Rua” , de Pepe Moreno em ritmo de forró. Assim finalizando os nossos trabalhos de estágio no Centro Educacional Professor Brito no dia 04 de junho de 2009.

Alegrias do Estágio!!!

Apesar de todas as dificuldades que tivemos de enfrentar, houve situações positivas no estágio, as quais estimularam a não desistir, acreditando que poderíamos fazer um trabalho bem feito e que aquelas crianças pudessem aprender alguma coisa. Como vivenciar momento de construção de uma maquete pela turma, a leitura de poesias que eles produziram com a temático do sonhe de cada aluno, e também ao ouvir uma criança dizer que estava se esforçando para melhorar o seu comportamento. Essas são pequenas situações que nos faz pensar que vale a pela lutar pela Educação e tentar modificar uma realidade encontrada.

Estagiário sujeito pesquisador

Adentrar a sala de aula na condição de estagiária é sempre uma experiência para mim desconfortante, pois sei que terei de enfrentar situações inesperadas. Porém, percebo que a experiência do Estagio é de extrema importância para a formação do futuro profissional de Pedagogia, pois é no estágio que nos damos conta de que levamos conosco uma espécie de bagagem teórica aprendida no decorrer do curso, nas disciplinas as quais nos faz conhecer, teoricamente, os vários elementos que compõem o contexto escolar. Assim, neste período percebemos que nos tornamos pesquisadores, quando socializamos com os nossos colegas as experiências de nossas angústias, dificuldades, problemas e também as alegrias advindas das ações que deram certo no estágio. Com isso, promovemos discussões contendo reflexões criticas sobre a situação da realidade das instituições educacionais pela situação vivenciada. E é também, neste período de Estágio na regência, que agimos por meio de tentativas, o estagiário estar sempre em busca de estratégias que incentivem ao aluno o gosto de aprender, assim tentando promover a melhora do ensino e da aprendizagem. Portanto, o estágio nos possibilita a aprender a refletir criticamente sobre a prática pedagógica não só dentro da sala de aula, mas fora dela na construção do sujeito consciente de sua formação profissional.

Deficiente

O Diagnóstico e a Preparação do Projeto " Descobrindo o Mundo Mágico das Palavras através do Lúdico"

O Centro Educacional Professor Brito é localizado numa área da periferia da cidade de Jequié, na cidade de Jequié-Bahia, que atende, principalmente, crianças da classe popular contendo diversas realidades. Foi realizada o período de estágio de observação que durou de 30 de março a 3 de abril de 2009, com a finalidade de conhecer melhor a realidade cotidiana no ambiente escolar.

Conhecemos o contexto educacional em que se encontra a instituição escolar, as práticas docentes, o processo educativo dos alunos, sua relação com o espaço e com os profissionais que atuam no ambiente escolar; o recreio; o comportamento dos alunos, o planejamento e gestão escolar.

A turma que eu e Eliana - minha parceira de estágio- iremos assumir no período de regência possui 25 alunos, sendo o 4º ano do ciclo de formação humana, Ensino Fundamental I, tendo as crianças faixa etária de 8 a 9 anos. A turminha é bem heterogênia e participativa, apesar das dificuldades de leitura e escritas enfrentas pelas crianças.

Após, analisarmos a realidade encontrada, escolhemos qual o tema do projeto, o qual iríamos desenvolver. Deste modo, no período de 04 de abril a 10 de maio, o nosso trabalho é de elaboração do projeto que aplicaremos na escola. Sendo colocado em prática no período da regência, que será 11 de maio a 5 de junho de 2009, com o intuito de atender as exigências da disciplina Prática Pedagógicas do Ensino Fundamental, do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB, sendo orientado pela docente Edjane Novais.

Percebendo que a necessidade da instituição é trabalhar com um projeto que incentive a leitura, por meio do contato com a diversidade textual. Para que haja a aquisição da aprendizagem do ato de ler, influenciando na melhora da escrita.

Logo, eu e Eliana - parceira de estágio, desenvolvemos o projeto, Descobrindo o Mundo Mágico das Palavras através do Lúdico, com a proposta de estimular a leitura e a escrita, tendo o contato com diversos tipos de textos, com o intuito de influenciar na formação de crianças letradas e críticas, pois sendo capazes de compreenderem o que lêem independente da linguagem verbal ou não-verbal, habilidade que, atualmente, são necessárias para a atuação do sujeito ativo na sociedade.

Patch Adams - O amor é contagioso

O filme Patch Adams - O amor é contagioso , é a história de um homem que depois de ser internado no sanatório, percebe que gostaria de se tornar médico, para poder ajudar as pessoas que muitas vezes são tratadas com descaso por muitos profissionais da saúde.

Ao entrar na Universidade de medicina, Adams mostra que é um estudante diferente, pois possui uma nova maneira de ver a medicina. Essa nova maneira de enxergar a medicina provoca conflito na metodologia tradicional existente na Universidade. Adams é o primeiro estudante a ir de encontro a essa prática, e por isso, possui muitos questionamentos, mas os principais são: Em que o medico é melhor que os outros? Por que se deve manter uma relação de distanciamento entre o médico e paciente?

Ao longo do filme, percebemos que a metodologia tradicional da Universidade de medicina é a centralização do ensino teórico no início do curso. Pois, mostram ao estudante de medicina que possuem o poder da vida e da morte de pacientes em suas mãos, por isso, é que o médico deve ser tratado com honras. Assim, ao partir para a prática deve-se manter uma relação de distanciamento entre o paciente e o médico, pois a relação de amizade pode fazer com que o médico perca o respeito perante o paciente.

Porém, Adams mostra uma nova metodologia que a medicina deva abraçar, totalmente, diferente a que é exercitada. É a formação do estudante de medicina baseada na conscientização de que o ser humano precisa ser tratado com humanidade. Tendo nas ações o respeito, apreço, consideração, estima e calor humano da parte dos médicos em relação a seus pacientes, pois essa atitude influenciará na melhora do enfermo. O filme mostra também uma belíssima lição, o de usar o amor, carinho, alegria, humor e do brincar como uma maneira de se aproximar de crianças, adolescentes e adultos hospitalizadas, assim os ajudando com energias positivas auxiliando na melhora da qualidade de vida. Com o pensamento de que a alegria a ameniza a dor, e faz esquecer o sofrimento por alguns instantes levando a esperança para o paciente enfermo.

O filme mostra a realidade da formação do profissional da área de saúde, porém não distante da educação. Pois, quantos educadores se sentem melhores que seus alunos e os diminuem na suas práticas educacionais. Quantos professores rotulam seus alunos de o problemático, o distraído, o bagunceiro? Sem procurar saber o contexto de vida daquela criança.

Assim, se distanciando no relacionamento do dia-a-dia, sem perceber que esse aluno, pode está querendo chamar atenção por atitudes inadequadas, em que indiretamente está dizendo preciso de sua ajuda!

E essa ajuda pode vir na mudança da prática pedagógica, na simples inovação do ato de ensinar. Seja com a substituição de antigos métodos tradicionais, por novas metodologias de ensino como a utilização da Ludicidade, mostando assim a importância do discente na construção do conhecimento. E até, mesmo a mudanças de atitudes na relação com os seus alunos, dando-lhe carinho, atenção e amor.

"A educação pela via da ludicidade propõe-se a uma nova postura existencial, cujo paradigma é um novo sistema de aprender brincando inspirado numa concepção de educação para além da instrução". ( SANTOS,2001,P.53).

Referência

SANTOS, Santa Marli Pires. A ludicidade como ciência. Petrópolis: Vozes, 2001.

Infância

Nasci em Feira de Santana, mas passei os primeiros 7 anos de minha vida numa cidade bem pequena, chamada Rafael Jambeiro. Minha infância foi maravilhosa. Por morar numa cidadezinha, experimentei todo o tipo de brincadeira de rua, pega-pega, esconde- esconde, baleado, brincadeira de roda, e muito mais. Não guardo da infância muito detalhe da minha primeira escola, mas recordo do cheiro de tinta guache se misturando ao aroma do amanhecer. Por que essa lembrança? Não sei. Mas sempre que falo de Educação Infantil lembro-me dessa sensação. Talvez, por ter vivido numa cidade pequena, estudar de manhã e quem sabe gostar muito brincar de pintar. . Aos 8 anos minha família mudou para Feira de Santana, tive dificuldade em aprender a ler, vindo a aprender aos 9 anos com a ajuda de minha avó materna.

A escolha da Profissão

Quando terminei o 3º ano comecei a estudar no cursinho, para vestibular, não sabia ao certo o que queria. Tentei Direito, História na UEFS, mas não passei. Por um detalhe da vida conheci uma pessoa que se tornou meu namorado, como ele morava em Jequié, pensei em tentar fazer o vestibular aqui com o intuito de passear. Fiz Pedagogia, em Jequié e em Feira de Santana também.

Pedagogia não foi escolhida por acaso, me interessem em fazer ao assistir uma reportagem sobre Educação Especial, gostei da idéia de ajudar crianças que sentem dificuldades na aprendizagem, seja qual for à necessidade. Sei o quanto é difícil querer aprender e não conseguir. Por isso, tenho certeza que todas as crianças tem potencial no processo de aprendizagem, só precisam de atenção e dedicação , e principalmente, que se acredite nelas.

Em Feira de Santana, na UEFS não passei, e em Jequié eu conseguir passar, vim morar aqui. Engraçado, a vida te leva para lugares que você nem imagina um dia viver. O namoro acabou, por vários motivos, sendo a experiência mais marcante e triste de minha vida. Mas, o que aprendi com esse acontecimento? Aprendi muitas lições, as quais fortaleceram-me para enfrentar a vida e a todos os desafios que terei de passar para conseguir realizar todos os meus sonhos.

Assim, acredito que nada na vida acontece por acaso, tudo tem uma lição. Hoje, graças a essa experiência valorizo mais a milha família, amigos, sou mais cautelosa em acreditar nas pessoas, observo tudo o que estar ao meu redor. Essa experiência despertou características que servirão tanto para minha vida profissional quanto pessoal. Por isso a menciono, pois, contribuiu significativamente na construção do ser humano que hoje sou. Antes eu era uma pessoa imatura, acreditava em tudo e em todos não imaginava que alguém que convive ao teu lado, seja namorado, amigo possa fazer tantas maldades, te trair de maneira tão ruim ao ponto de prejudicar a vida do ser humano.

Mas a vida continuou e a Universidade começou a fazer parte de minha casa, passei a ir freqüentemente, conheci muitas pessoas, e uma delas é um novo amor de minha vida (rsrs). Aprendi que a formação de um estudante na Universidade não é construída só na sala de aula, e sim, nos diversos espaços que é o todo da Universidade, seja numa palestra, num bate-papo informal com pessoas de outros cursos, viagens, reuniões de movimento estudantil. Vivi momentos diverso na Universidade. E foi assim, o início da construção de minha vida acadêmica.