Nasci em Feira de Santana, mas passei os primeiros 7 anos de minha vida numa cidade bem pequena, chamada Rafael Jambeiro. Minha infância foi maravilhosa. Por morar numa cidadezinha, experimentei todo o tipo de brincadeira de rua, pega-pega, esconde- esconde, baleado, brincadeira de roda, e muito mais. Não guardo da infância muito detalhe da minha primeira escola, mas recordo do cheiro de tinta guache se misturando ao aroma do amanhecer. Por que essa lembrança? Não sei. Mas sempre que falo de Educação Infantil lembro-me dessa sensação. Talvez, por ter vivido numa cidade pequena, estudar de manhã e quem sabe gostar muito brincar de pintar. . Aos 8 anos minha família mudou para Feira de Santana, tive dificuldade em aprender a ler, vindo a aprender aos 9 anos com a ajuda de minha avó materna.
Quando terminei o 3º ano comecei a estudar no cursinho, para vestibular, não sabia ao certo o que queria. Tentei Direito, História na UEFS, mas não passei. Por um detalhe da vida conheci uma pessoa que se tornou meu namorado, como ele morava em Jequié, pensei em tentar fazer o vestibular aqui com o intuito de passear. Fiz Pedagogia, em Jequié e em Feira de Santana também.
Pedagogia não foi escolhida por acaso, me interessem em fazer ao assistir uma reportagem sobre Educação Especial, gostei da idéia de ajudar crianças que sentem dificuldades na aprendizagem, seja qual for à necessidade. Sei o quanto é difícil querer aprender e não conseguir. Por isso, tenho certeza que todas as crianças tem potencial no processo de aprendizagem, só precisam de atenção e dedicação , e principalmente, que se acredite nelas.
Em Feira de Santana, na UEFS não passei, e em Jequié eu conseguir passar, vim morar aqui. Engraçado, a vida te leva para lugares que você nem imagina um dia viver. O namoro acabou, por vários motivos, sendo a experiência mais marcante e triste de minha vida. Mas, o que aprendi com esse acontecimento? Aprendi muitas lições, as quais fortaleceram-me para enfrentar a vida e a todos os desafios que terei de passar para conseguir realizar todos os meus sonhos.
Assim, acredito que nada na vida acontece por acaso, tudo tem uma lição. Hoje, graças a essa experiência valorizo mais a milha família, amigos, sou mais cautelosa em acreditar nas pessoas, observo tudo o que estar ao meu redor. Essa experiência despertou características que servirão tanto para minha vida profissional quanto pessoal. Por isso a menciono, pois, contribuiu significativamente na construção do ser humano que hoje sou. Antes eu era uma pessoa imatura, acreditava em tudo e em todos não imaginava que alguém que convive ao teu lado, seja namorado, amigo possa fazer tantas maldades, te trair de maneira tão ruim ao ponto de prejudicar a vida do ser humano.
Mas a vida continuou e a Universidade começou a fazer parte de minha casa, passei a ir freqüentemente, conheci muitas pessoas, e uma delas é um novo amor de minha vida (rsrs). Aprendi que a formação de um estudante na Universidade não é construída só na sala de aula, e sim, nos diversos espaços que é o todo da Universidade, seja numa palestra, num bate-papo informal com pessoas de outros cursos, viagens, reuniões de movimento estudantil. Vivi momentos diverso na Universidade. E foi assim, o início da construção de minha vida acadêmica.
Recentemente, um mês atrás, tive a oportunidade de viver uma experiência que deixou-me muito feliz como estudante de Pedagogia da Uesb. Fui selecionada para participar do Projeto Rondon. As ações foram tanto na área de educação quanto de saúde, incluindo curso de Capacitação de Professore, e também Agentes Comunitários de Saúde, como também muitas outras ações realizadas por todos os estudantes, juntamente com os professores responsáveis.
Participar desse projeto teve um significado de realização de um grande sonho. O de fazer parte de um projeto de extensão, que unindo profissionais da educação e da saúde, para informar e ajudar a comunidade, conforme suas necessidades. Essa relação de inter-relacionar saúde e educação, contribui para uma aprendizagem muito significativa e enriquecedora. Pois, para mim, que sou estudante da área de educação, poder trabalhar em conjunto com estudantes da área de saúde, me fez enfrentar desafio , aprendendo informações novas sobre assuntos, os quais, não teria a oportunidade de ver na área de educação.
“A Universidade, quando se engaja e incentiva projetos que atuam na comunidade,resgata sua missão social, possibilitando a construção da cidadania e a sistematização do conhecimento que é criado dentro e fora dela.”( FALÇÃO,1996)
Essa experiência oportunizou o contato com a comunidade da cidade de Teresina de Goiás, no Estado de Goiás. Experiência maravilhosa e encantadora. Pois, poder observar e atuar na comunidade percebendo a importância do respeitar o saber popular, faz-nos compreender que ao sair dos muros da Universidade e adentrar num projeto como esse ,seja, nacional ou local, contribui não só para o crescimento profissional, mas também pessoal do discente.
Pois, no momento em que a Universidade interage com a Comunidade respeitando os costumes e saberes populares, ocorre a trocas de conhecimentos, sendo ensinados valores e culturas, estimulando o enriquecimento da formação do futuro profissional, sendo construído por valores humanísticos e éticos, com também, ampliando a sua visão sobre as questões sociais.
Hoje, vejo o quanto Jequié e a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, foram e ainda são importante para a minha formação, seja pelas experiências profissionais quanto pessoais, aqui enfrentadas. Das pessoas que aqui conheci grandes mestres, grandes amigo. Isso me faz refletir e dizer: valeu a pena estar aqui, e ter ficado por um tempo longe de casa!!!!
Nasci em Feira de Santana,atualmente, estou morando em Jequié.Faço o VIII Semestre de Pedagogia na Uesb . Sou um pouco tímida, amiga, responsável. Gosto de viver em constantes descobertas, aprendendo a todo instante.
"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende." (Leonardo da Vinci)